História de Goiana - Resumo histórico de Goiana
Goiânia já nasceu capital e sua região metropolitana, com 11 municípios, abriga hoje uma população de 2.150.097 habitantes. A capital do estado de Goiás foi idealizada pelo médico Pedro Ludovico Teixeira e o seu traçado planejado pelo arquiteto Atílio Correia Lima e pelo engenheiro Armando Augusto de Godói, no ano de 1934. É uma cidade que foi previamente planejada, assim como Belo Horizonte e Brasília. O nome "Goiânia" foi escolhido através de um concurso cujo vencedor foi o professor Alfredo de Castro, que atendia pelo pseudônimo de Caramuru. Foi utilizado pela primeira vez em 2 de agosto de 1935.
A primeira capital foi Vila Boa, atual Cidade de Goiás (que recentemente recebeu da UNESCO o título de Patrimônio da Humanidade), à época escolhida para capital de Goiás por suas riquezas auríferas. Mais tarde, entretanto, ficou constatado que a criação de gado e a agricultura representavam papel importante no desenvolvimento do estado, daí a necessidade de mudança da capital em atenção aos interesses econômicos do estado.
A mudança se deu durante o governo do Dr. Pedro Ludovico Teixeira que, em outubro de 1933 fez lançar a pedra fundamental da nova capital na região de Campinas, atual bairro de Goiânia. Em 23 de março de 1937 foi assinado o decreto n° 1.816, transferindo definitivamente a capital de Vila Boa para Goiânia, mas a solenidade oficial aconteceu somente em 5 de julho de 1942. Na década de 60, a capital federal foi transferida do Rio de Janeiro para o coração do cerrado brasileiro, trazendo um grande surto de desenvolvimento para Goiânia, que fica a menos de 200 quilômetros de Brasília.
Goiânia é uma cidade moderna, localizada bem no centro do país, próxima à capital federal e a menos de 1000 km de São Paulo. Está ligada aos principais centros do país por uma moderna malha rodoviária e por todas as companhias de transporte aéreo. É uma cidade bem cuidada, com ruas arborizadas e canteiros floridos entre suas largas avenidas. Conserva em seus parques ecológicos espécies da fauna e da flora do Planalto Central Brasileiro. É conhecida, também, como a capital do agrobusiness do País e a "cidade jardim", devido à variedade de flores em suas praças e canteiros. Sua economia está voltada para as atividades comerciais e industriais, destacando-se no setor de serviços, mais exatamente na área educacional e da saúde. Mais recentemente, foi descoberta também sua vocação para o turismo, sobretudo na área dos grandes negócios, movimentando o ano todo a rede hoteleira da cidade e o seu Centro de Cultura e Convenções.
Sua altitude média é de 749 metros acima do nível do mar, que não banha a região Centro-Oeste. Apresenta 270 dias de sol durante o ano e seu clima é ameno, com temperaturas variando entre 22° C e 33° C, na maior parte do ano. Ocupa uma área de 929 quilômetros quadrados e é servida por um dos mais avançados sistemas de transporte do país. Segundo o IBGE, o município de Goiânia tem uma população de 1.090.737 habitantes, sendo que 99% é urbana. Seus limites geográficos são: ao norte, o município de Nerópolis e Goianápolis; ao sul, Aparecida de Goiânia; a leste, Bela Vista; e, a oeste Goianira e Trindade.
Em 1988, o estado de Goiás foi dividido, dando origem ao atual estado do Tocantins, que ocupa toda a área norte do antigo estado de Goiás, ficando Goiás situado, como antes da divisão, na Região Centro-Oeste, e o estado do Tocantins na Região Norte do País.
fonte:http://www.topgyn.com.br/conso01/goias/conso01a01.php.
*Literatura Goiana.
Adentremos, agora, às épocas mais distantes quando a literatura criada pela mulher, em Goiás e no Brasil, era tímida, ante as dificuldades, que, vencidas depois de anos, deixaram caminhos estruturados, por onde viajariam, num futuro mais próximo e já previsto, os pensamentos femininos.
Desde os meados dos séculos XIX romperam-se, em muitas regiões do Brasil, os limites impostos pelos costumes da época, que impediam a participação feminina nos espaços da literatura e das artes. Porém, a força idealista das mulheres ampliou-lhes a visão participativa nas letras e nas ciências.
Surgiram, então, as pioneiras nas áreas da literatura, do jornalismo e das artes. E a mulher começou a ter acesso no espaço da comunicabilidade escrita, que é um poder. Esse pioneirismo abriu-lhe, com muito sacrifício, caminhos estruturados por onde a literatura feminina caminhou até a contemporaneidade.
Na virada do século XIX, Júlia Lopes de Almeida (1887 a 1934), contribuiu com mais de 40 volumes à literatura brasileira. Tais avanços intelectuais atingiram o mundo feminino de Goiás, onde inteligências promissoras preparariam para este Estado uma evolução cultural e literária, com a participação feminina, que tomou como base as primeiras produções das goianas, em poesias, crônicas e notas em jornais.
Nessa luta à conquista da presença feminina no espaço tão vasto como o da literatura, as mulheres goianas, especialmente as de Vila Boa, inteligentes e aguçadas, deram suas colaborações, porém, em linguagem suave e até poética. Nem por isso incoerente com a mesma de outras regiões do Brasil, reivindicatória, mostrando ser a mulher um ser inteligente, capaz de, lado a lado com o homem, seu eterno companheiro,conquistar benefícios à família e à sociedade. É oportuno lembrarmo-nos de que as goianas já se intelectualizavam e amavam a literatura, antes mesmo do séc. XIX. Assim, foi natural e significativa a contribuição que, naquela hora, as mulheres goianas ofereceram as pioneiras de várias regiões mais politizadas e cultas do Brasil, onde se iniciava o rompimento da prisão textual em que estavam as inteligências e a produtividade femininas.
Em Goiás, a inovação excludente da literatura feminina veio à tona com Eurydice Natal e Silva, que não somente, fez jornalismo, mas, foi também, contista e fundou, em 1904, a Academia de Letras de Goiás e, antes, em 1902 escreveu Notas de viagem ao Araguaia , com minudências sobre a paisagística goiana; ainda escreveu Ecide , contos. Nair Perillo Richter (1915 -2000), primeira goiana a publicar um livro de contos – Cantos da cigarra. Augusta de Faro Fleury Curado (1865-1929), que publicou os relatos de sua viagem do Rio de Janeiro a Goiás, acompanhando seu esposo, Dr. Sebastião Fleury Curado, em 1896. Ainda, a festejada Cora Coralina, cujo talento poético é um rio despejando, em cristalinos versos, o colorido das paisagens goianas e as realidades por ela vividas, dentro da velha capital de Goiás. Cora Coralina viveu intensamente suas inspirações. Nasceu em 1899 e morreu em 1985.
Essas e outras jovens goianas colaboraram nos jornais femininos – A Rosa e O Lar . Entre elas destacam-se Oscarlina Alves Pinto, Maria Ferreira de Azevedo Perillo, Floracy Artiaga Mendes, Genesy Caiado de Castro e Laila de Amorim. Todas integrantes de uma geração de mulheres de primorada cultura.
Foram as citadas mulheres exponenciais, no passado literário – histórico e musical da terra Anhanguerina e, ainda hoje, constantemente relembradas.
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